quarta-feira, 22 de abril de 2009


Tarsila do Amaral

Nasceu em 1º de setembro de 1886, em Capivari (São Paulo), no casarão da fazenda São Bernardo. De tradicional e rica família de fazendeiros paulistas, filha de Lydia Dias do Amaral e José Estanislau do Amaral Filho, Tarsila estudou em São Paulo, no tradicional colégio Sion, e depois, em 1902, no colégio Sacré-Couer, em Barcelona.
Em 1904, fez sua primeira viagem a Paris, cidade que seria fundamental na sua formação artística. Voltou ao Brasil em 1906 e se casou com André Teixeira Pinto, primo de sua mãe, com quem teve sua única filha, Dulce. Algum tempo depois seu casamento acabou devido ciume do marido.
Em 1923 casou-se com Oswald de Andrade. Ainda em 1923, pintou o quadro "A Negra", que se aproximava do cubismo e era considerada a primeira manifestação do que viria a ser o movimento Pau-Brasil.
Em 1928, Tarsila pintou aquela que se tornaria sua mais conhecida obra, "Abaporu". A tela, um presente para o seu então marido, foi entregue na data de aniversário de Oswald, 11 de janeiro, ainda sem nome. Extasiado com a beleza da tela, Oswald chamou seu amigo modernista Raul Bopp e, folheando um dicionário de Tupi de Tarsila, encontraram o nome que batizou a tela e que significa "o homem que come carne". O quadro, mais próximo do surrealismo, é considerado um emblema do movimento antropofágico brasileiro.
O casamento com Oswald terminaria em 1930, quando ela descobriu que ele a traía com Patrícia Galvão, a feminista Pagú. Depois, se casou com um médico que a iniciou nas hostes do Partido Comunista -Tarsila chegou a passar um mês na cadeia por ter feito uma viagem à Rússia. Por último, Tarsila casou-se com um jovem crítico de arte, 20 anos mais novo que ela.
No fim da vida, acometida por um câncer e presa à uma cadeira de rodas por problemas na coluna, mantinha-se entretida estudando grego antigo e recitando poesias. Morreu, por complicações do câncer, em 17 de janeiro de 1973 e foi enterrada de vestido branco, como era seu desejo.

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